2011 - Primeiras impressões

Voltar as pistas, e voltar a conviver com os colegas pilotos me faz um bem danado. Porém ao olhar para a organização do esporte, e nossa incapacidade total de produzir algo atrativo e popular me deixa realmente meio deprimido, afinal não passo de um piloto, apaixonado por corridas.

Mas vejo, quando guris, enfiados em oficinas, maravilhados com os carros, assistindo as corridas de fórmula 1, e guris que depois correm uma vez de kart de aluguel e se apaixonam, mas não passam de rapazes pobres cheios de talento e amor pelo esporte, mas por um esporte que não é popular, por isso não tem patrocínio, e eles não vão nem voltar a correr muitas vezes no kart de aluguel, eles não tem dinheiro para isso.

E me pergunto, correr uma provinha de kart, com grid vazio, vale o custo de R$ 2.300, 00 em um fim-de-semana de corridas? Como pedir esse patrocínio em algo que nós mesmos apaixonados pelo esporte não valorizamos, pois o público dessas corridas é mínimo, o espaço de mídia inexistente, qual empresa aposta nisso em sã consciência?

É uma pena que nossos organizadores do automobilismo brasieliro e gaúcho estejam matando a míngua novos talentos, impedindo a formação de pilotos, pra ser piloto tem que ter grana de família, e influência, senão meu amigo, o máximo que você pode chegar é ir correr com seu kart e gastar em um fim-de-semana R$ 2.300, 00 pra ninguém te ver correndo.

De volta as pistas

Foi na tarde de sábado, dia 12 de março no Velopark, após 40 dias em treinar, após perder toda a pré-temporada em função de um acidente, na prova da Segunda Feira King de 24 de Janeiro, volto a disputar uma prova de Kart.

Na categoria dos pesados no Tag Kart 2011, o peso dos pilotos está equilibrado em 116 quilos, o peso do piloto mais pesado. Senti dificuldades naturais, com a mão, pois o dedo fraturado e o pulso que ficaram tanto tempo engessado ainda recuperam sua capacidade muscular, o preparo físico acabou não me preocupando, pois pilotando o Kart 97, com um motor bem inferior , exigiu um tanto de concentração, mas me permitiu uma boa prova. Pilotos das categorias mais leves não conseguiram tirar do mesmo o kart o tempo que tirei, mesmo com 15 kg de lastro além dos meus 100kg.

Na tomada fiz o 2º tempo, fui prejudicado por uma manobra "desastrada" de outro piloto, que me obrigou a parar na pista no momento em que era o terceiro colocado na prova, caindo para décima posição, ainda assim recuperei 6 posições e terminei em quarto. A re-estréia só seria melhor com uma vitória, mas correr bem com um equipamento ruim, me deixa com grande esperança para o resto do ano! Agora é treinar, para recuperar a técnica e os reflexos ao máximo.